Sistema Solar é o conjunto formado pelo Sol e todos os corpos que giram ao redor dele. Isso inclui planetas, asteroides, cometas, satélites de planetas, planetas anões e até partículas de poeira deixadas no espaço por cometas e asteroides. Esse grande conjunto se formou há muito tempo, mais ou menos 4,6 bilhões de anos (46 com oito zeros).
O Sol, como qualquer outra estrela, se formou quando parte de uma grande nuvem de gás e poeira, que chamamos nebulosa, começou a se contrair devido à própria gravidade. A gravidade é o que faz as coisas caírem. Você pode pensar que essa porção de uma grande nebulosa estava caindo sobre ela mesmo, como acontece com seus dedos quando você fecha a mão.

Lá no centro disso tudo é onde vai ficar concentrada a maior quantidade de todo esse material. E é aí que se forma a estrela. Mas nem todo o gás e poeira vira estrela, ainda sobra um pouco girando ao redor dela, onde se formarão planetas, asteroides, cometas, etc.
Assim os Astrônomos acreditam que tenha se formado o Sol e todo o Sistema Solar.
Dizemos que uma estrela nasce quando ela começa a produzir sua energia típica, ou seja, começa a produzir luz e calor. Isso acontece porque aquele material da nebulosa formou um corpo tão grande e com tanta massa, que lá dentro dele, no núcleo, fica muito quente e com uma pressão enorme. Isso inicia um processo complicado de produção de energia que percebemos como a luz e o calor da estrela.
Nas proximidades do Sol, onde é mais quente, se formaram os planetas compostos principalmente por material sólido, os chamados planetas rochosos. Mais afastados se formaram os chamados planetas gasosos, compostos principalmente por gás.
O planeta rochoso mais próximo do Sol é Mercúrio. Ele é bem menor que a Terra e lembra muito a nossa Lua, porque é cheio de buracos em sua superfície. Isso acontece porque tanto Mercúrio como a Lua praticamente não tem atmosfera, e muitos asteroides caíram direto em suas superfícies abrindo grande buracos, ou crateras. A Terra não tem tantas crateras como Mercúrio ou a Lua principalmente por causa de nossa atmosfera que funciona como uma capa protetora.

Até hoje, pequenos asteroides ou partículas de poeira quando entram na atmosfera da Terra. Quando isso acontece, eles esquentam muito e brilham. Daqui do chão, vemos um pequeno ponto brilhante caindo, as vezes deixando um rastro no céu. Parece uma estrela que está caindo, mas, na verdade, não tem nada a ver com uma estrela. É esse fenômenos que chamamos de estrela cadente.

Quanto mais próximo um planeta está do Sol, mais rápido ele completa uma volta em sua órbita. Órbita é o caminho que um astro percorre. Assim, Mercúrio é o planeta que gira mais rápido ao redor do sol, completando uma volta em sua órbita em apenas 88 dias aqui da Terra. Lembre que nosso planeta demora cerca de 365 dias para completar uma volta ao redor do Sol. E foi justamente por seu rápido deslocamento que ele recebeu esse nome. Mercúrio era um deus romano que, segundo a mitologia, precisava se locomover rápido e usava sandálias e uma espécie de capacete com asas.
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Uma coisa curiosa é que, apesar de ser o planeta mais próximo do Sol, Mercúrio não é o planeta mais quente do Sistema Solar. O planeta mais quente é o próximo, Vênus, que, devido à sua densa atmosfera retêm o calor do Sol e não o libera com muita facilidade, se tornando um planeta superaquecido. Visto aqui da terra, Vênus é muito brilhante, e é conhecido por muita gente como Estrela D’alva. Mas assim como as estrelas cadentes, não tem nada a ver com uma estrela, ok? É apenas um nome popular. Justamente por chamar muito a atenção no céu, recebeu o nome da deusa da beleza dos romanos.
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Depois de Vênus, nos afastando cada vez mais do Sol, chegamos à Terra. Esse planeta nós conhecemos bem, mas assim como os outros, ainda nos reserva muitas coisas para descobrimos. É com certeza o único planeta do Sistema Solar que possui vida desenvolvida, como nós. E é também o único que tem praia que podemos ir, árvores com frutas que podemos comer… e também pizza e chocolate que podemos comer (com moderação)… e também internet, vídeo-game, shows de Rock, skate, cinema, carro, bicicleta, etc.
Passando pela Terra, chegamos à Marte, um planeta com tanto ferro que enferrujou, ficando avermelhado. Os antigos associaram essa coloração à cor do sangue. Marte é o deus da guerra na mitologia romana. Uma coisa que sabemos sobre esse planeta é que ele já teve água em sua superfície, e muita água. Rios e mares já banharam a superfície de Marte, assim como banham hoje a superfície da Terra. Não sabemos exatamente o que houve com toda água marciana.
E por falar em “marciana”, já que houve tanta água em Marte, no passado, existe a possibilidade da vida ter começado a se desenvolver por lá. Não foi descartada a possibilidade de ter algum tipo de vida lá ainda hoje. Mas lembre-se que, se existir, será vida não desenvolvida, como bactérias. Não existe a possibilidade de encontramos vida desenvolvida em Marte. Seres inteligentes capazes de ler sites de Astronomia aqui no Sistema Sola só é possível na Terra.
Depois de Marte passamos por uma região chamada Cinturão de Asteroides. É aí que se encontra a maior parte dos asteroides do Sistema Solar.
Após o cinturão de asteroides, chegamos aos planetas gasosos. O primeiro deles é Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. Ocupa mais que mil e trezentas vezes o espaço ocupado pela Terra. Por ser visto no céu com um brilho bastante intenso, recebeu o nome do maior dos deuses da mitologia romanos, o deus de todos os deuses.
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Júpiter, assim como os outros planetas gasoso possui anéis. Mas, sem dúvida nenhuma, os anéis mais bonitos são do próximo planeta, Saturno. Os anéis de Saturno podem ser vistos com um telescópio simples, ou ate com um binóculo. Apesar de parecerem uma coisa inteira, como uma pista circular de corrida, esses anéis são formados por várias pedras dos mais variados tamanhos, desde pequenos grãos até pedras do tamanho de uma montanha aqui da Terra.
Esse é o último dos planetas que podemos ver a olho nu, ou seja, sem telescópio. De todos os que falamos ate agora, ele é o que demora mais a completar uma volta ao redor do Sol, quase trinta anos aqui da Terra. Por isso, os romanos lhe deram o nome de um deus que, entre outras coisas, era o deus do tempo.
Após Saturno chegamos a Urano. Esse já não é visível a olho nu e só foi descoberto depois da invenção do telescópio. Seguindo a tradição de dar nomes de deuses aos planetas, os astrônomos lhe batizaram com o nome do deus do céu dos romanos.
Além de girarem ao redor do Sol, os planetas giram também ao redor do próprio eixo, o movimento que chamamos rotação. É a rotação da Terra que nos dá os dias e as noites. Todos os planetas giram um pouquinho inclinados, mas Urano gira quase totalmente deitado!
Depois de Urano, temos Netuno, o último dos planetas. Mais uma vez, apesar de ter sido descoberto em tempos mais modernos, recebeu o nome de um deus antigo dos romanos, o deus dos mares. Netuno ocupa o volume de cerca de cinquenta e sete vezes o volume da Terra, está cerca de trinta vezes mais distante do Sol que a Terra, e demora quase cento e sessenta e cinco anos para completar uma volta ao redor do Sol.
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Depois de Netuno encontramos vários corpos pequenos e gelados. Muitos desses corpos são núcleos de cometas, que quando são puxados pelo Sol e se aproximam dele formam aquela cauda bonita dos cometas. A principal diferença entre asteroides e cometas é que os asteroides não tem material que evapora quando ele se aproxima do Sol.

Girando ao redor de alguns desses planetas existem satélites. Existem os satélites artificiais, que são máquinas criadas por nós, humanos, para tirar fotografias, ou enviar outros tipos de dados para pesquisas científicas, e os satélites naturais que se formaram durante o processo de formação do Sistema Solar. As mais belas fotos que temos de Marte foram obtidas por satélites artificiais enviados para o planeta. Aqui na Terra os satélites artificiais servem para acompanharmos o clima, e para transmitir imagens de televisão ou a sua voz do seu telefone para outro telefone.
O planeta que mais possui satélites naturais é Júpiter, que tem mais de sessenta deles. A Terra possui apenas um satélite natural, a Lua. Mercúrio e Vênus são os únicos planetas que não possuem satélites. Todos os satélites dos planetas do Sistema Solar são muito pequenos em relação ao seu planeta, com exceção da nossa Lua. Se dividirmos a Terra em quatro pedaços iguais, um desses pedaços terá mais ou menos o tamanho da Lua. Nenhum outro satélite do Sistema Solar é tão grande em relação ao seu planeta.
Existem ainda no Sistema Solar corpos que são arredondados como os planetas, mas que não são os principais em sua órbita, ou seja, existem outros parecidos compartilhando a mesma órbita. Esses são os chamados planetas anões, como é o caso de Plutão, que fica a maior parte do tempo mais longe do Sol que Netuno, e Ceres, localizado no Cinturão de Asteroides.
Falando novamente em Cinturão de Asteróides, após Netuno existe uma região conhecida como Cinturão de Kuiper, que também possui corpos pequenos. Muitos desses corpos são núcleos de cometas.
O Sistema Solar acaba numa espécie de casca formada também por vários desses corpos pequenos e gelados, e a maioria também sendo núcleos de cometas, que estão cinquenta mil vezes mais distantes do Sol que a Terra. Esses corpos envolvem todo o Sistema Solar, e formam o que chamamos de Nuvem de Oort. Estes são os últimos objetos que estão consideravelmente presos pela gravidade do Sol.
Esse foi um pequeno passeio pelo Sistema Solar. Mas e as outras estrelas além do Sol? Também tem planetas? Sabemos que muitas estrelas, provavelmente a maioria, tem planetas sim. Ainda não conseguimos observar com muita clareza esses planetas, mas sabemos que eles existem. O Sistema Solar não é o único lugar no Universo que tem planetas não.
Então, será que um dia vamos conhecer um planeta com vida inteligente como a Terra? Será que, nesse momento, em algum planeta fora do Sistema Solar, existe uma criança ou adulto extraterrestre também lendo um blog de Astronomia? Pense nisso hoje a noite quando olhar para as estrelas.
Considero existir contradições quanto à existência de água fora da Terra, no entanto, se sabe que ocorre água em três estados físicos. Sólido, líquido e gasoso dependendo de condições de temperatura e pressão. Em termos críticos não existe água submetida à pressão acima de 217,7 atmosferas nem à temperatura acima de 374 ºC. Com isso é possível dizer que pode existir água na superfície de planetas, satélites, cometas e até mesmo em algum asteróide ou meteoro.
Em qualquer estrela, no Sol, em Mercúrio (430 ºC) ou outros planetas muito próximo da sua estrela não existe água. Como a temperatura absoluta está próximo de -273,12 °C, é possível estimar que um pouco abaixo reina a entropia sendo possível que haja dissociação molecular ou atômica.
Agradeço reportar-se
Antero
Oi, Antero
Não existe água em estrelas em estado líquido, mas é possível sim encontrarmos moléculas de água em atmosferas estelares.
Quando vc diz “temperatura absoluta”, imagino que esteja dizendo o “zero absoluto”, que é -273,15 ºC. Essa temperatura teórica seria a temperatura na qual um corpo não possuiria energia alguma… isso, na prática, é impossível. E tanto teoricamente como empiricamente,
não faz sentido pensar em uma temperatura abaixo do zero absoluto, porque seria como imaginar uma situação em que um corpo tem uma energia menor que zero!
Forte Abraço!