O mais recente planeta extrassolar mais parecido com a Terra, o Kepler 78b, não tem causado muita sensação por ter apenas 1,8 vezes a massa do nosso planeta. Só esse fato mostra como estamos cada vez mais próximos de detectar planetas com a mesma massa da Terra. Mas o mais interessante sobre Kepler 78b é que ele não deveria existir.

O Kepler 78b orbita sua estrela, semelhante ao Sol, 40 vezes mais próximo dela do que Mercúrio está do Sol.
Quando esse sistema planetário se formou, a estrela era maior do que e hoje, ou seja, Kepler 78b deve ria ter se formado dentro da estrela. Mas não é possível um planeta se formar dentro de uma estrela. Outra possibilidade é que ele estivesse mais afastado e sua órbita foi modificada para sua forma atual. Mas não é possível ter havido tal migração e o planeta ter parado onde está, sem, literalmente, cair na estrela.
Um dos astrônomos que trabalham com Kepler 78b, Dimitar Sasselov, disse: “Esse planeta é um enigma.”. E realmente é. Contraria completamente os modelos atuais de evolução planetária. De qualquer forma, sua órbita atual não deve permitir que o planeta continue existindo por muito tempo, e, em algum momento, ele deve ser engolido por sua estrela.
Todo esse mistério e a improbabilidade de Kepler 78b ofusca o fato de termos detectado um planeta apenas 1,8 vezes mais massivo que a Terra. Ainda muito próximo de sua estrela, numa região onde a vida seria impossível. Mas o desafio de detectarmos planetas cada vez menores e cada vez mais parecidos com a Terra está sendo superado!
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Página do Harvard-Smithsonian Center For Astrophysics (em inglês) http://www.cfa.harvard.edu/news/2013-25